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As doses de vacinas contra a COVID-19 aplicadas em empresários do setor de transporte de Belo Horizonte podem ser falsas. É o que aponta a investigação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira (30/03), na casa da mulher que fez a imunização dentro de uma garagem de ônibus, na Região Noroeste da capital mineira.
Na residência, moram a mulher que aplicou a vacina no grupo de empresários e o filho dela, que também é investigado. Além disso, agentes cumpriram mandados em uma clínica. Vários materiais foram recolhidos nos locais, como seringas, agulhas, cartões de vacinação, entre outros. Frascos com substância análoga a soro também foram encontrados, o que levanta a hipótese de as doses aplicadas serem falsas.
Outra hipótese investigada pela instituição é de as doses terem sido desviadas do Ministério da Saúde. A importação ilegal dos imunizantes também não está descartada.
Ainda de acordo com a PF, a mulher tem passagem por furto. Ela teria comercializado as vacinas ilegais para outras pessoas, além dos investigados naOperação Camarote. A mulher, que seria, na verdade, cuidadora de idosos, o filho e um outro homem foram conduzidos à sede da Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais para prestarem esclarecimentos.
Os empresários, em depoimento prestado nessa segunda-feira (29/03), admitiram a aquisição das doses de procedência ilícita. Na última sexta-feira (26/03), agentes da Polícia Federal estiveram na garagem onde teria sido o local da vacinação. No mesmo dia, uma lista com 57 nomes de pessoas que podem ter recebido a primeira dose foi recolhida pela instituição.
Há uma lei em vigor no Brasil, aprovada em tempo recorde no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que obriga a iniciativa privada a repassar as doses compradas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Portanto, se os empresários compraram os imunizantes antes da lei, eles podem ser enquadrados no crime de importação de mercadoria proibida.
Se as ampolas foram comercializadas após a lei, a infração é de descaminho. Esse crime aconteceu quando um imposto devido não é pago.
Outra investigação paira sobre o crime de receptação (receber, transportar ou ocultar material que é produto de roubo).
Fonte: Estado de Minas